Cachorro ou gato: qual escolher?

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Imagine a seguinte situação: você está querendo adotar ou comprar um pet, mas ainda não decidiu se será um cachorro ou um gato. A primeira coisa que vem à sua mente é o tamanho do seu apartamento. Como o espaço é pequeno, você começa a acreditar que é melhor ter um gato. Afinal, aparentemente, um gato ocupa menos espaço que um cachorro.

Já passou por isso ou conhece alguém que pensa dessa forma? Então, esse post é para você. Continue lendo.

Gato abraçando cachorro.

Considerar seus hábitos, seu contexto e o local onde você vive é, de fato, a primeira coisa que se deve fazer ao pensar em levar um animal para casa. Não basta pensar no seu desejo. É preciso pensar no seu tempo disponível para se dedicar ao pet; disposição para brincar, cuidar, passear; condições financeiras para prover as necessidades do animal e no espaço que ele terá.

Acontece que  gatos não são cães pequenos.

Parece absurdo, mas muita gente faz essa associação entre cães e gatos. “Ah vou ter um gato porque gasta menos dinheiro, ocupa menos espaço, requer menos dedicação…”

Essa ideia revela que a pessoa não conhece bem o bicho que pretende levar para casa. E aí não vai dar bom.

É por isso que, além de considerar seus hábitos, contexto e rotina antes de ter um animal, você precisa entender melhor sobre cada espécie, cachorro, gato e até outras, se for o caso.

Vamos conhecer algumas particularidades dos gatos que todo aspirante a gateiro deve considerar antes de se tornar um?

1 – Hábitos crepusculares

Gatos são animais de hábitos crepusculares, ou seja, de início da manhã e início da noite. É comum acharem que seus hábitos são noturnos – e até costuma acontecer – mas seu pico de energia está no nascer e no por do sol.

Dito isso, é importante estimular o gasto de energia do animal nesses horários. Primeiro por motivos de bem-estar. Gatos precisam se exercitar física e mentalmente e, também diferente do senso comum, eles gostam de brincar.

Segundo porque você quer que ele durma à noite, em vez de fazer estripulias pela casa, não é mesmo?

2 – Espaço vertical

Gatos são animais semi-arborícolas, isto é, têm o hábito de subir em árvores. Isso na natureza. Em nossas casas, eles podem até não ter árvores para subir, mas escalar e manter-se em locais altos continuará fazendo parte de seu repertório natural.

Sendo assim, saiba que você precisará proporcionar locais onde o gato possa subir para observar o movimento lá do alto, esconder-se e relaxar.

É o que chamamos de gatificação. Envolve colocar na sua casa objetos e móveis voltados para o bichano: prateleiras, arranhadores, tocas, nichos etc. Gatificar a casa significa dar oportunidades de o gato ser gato e, portanto, fazê-lo feliz.

3 – Interação com humanos

Fique ciente também de gatos interagem com humanos de forma diferente dos cachorros. Não espere uma recepção calorosa na porta toda vez que chegar em casa.

Embora alguns indivíduos possam te receber, sim, esta não é a regra. Minha gata Sarayu de vez em quando vem me receber quando eu chego. Sem pulos e sem miados, apenas fica em frente à porta, se joga no tapete da entrada e mostra a barriguinha para eu alisar. Essa é uma forma de demonstrar alegria pela minha chegada. 

Outros, no entanto, podem permanecer no mesmo lugar onde estão e não esboçar reação com sua chegada.

Em outros momentos, a interação também é diferente. De modo geral, gatos não gostam de ser pegos no colo, abraçados, amassados (cães também não gostam, mas costumam tolerar esse nosso comportamento humano).

Também não é em toda parte do corpo que eles vão curtir um carinho. A barriga, o rabo e as patas, geralmente, são partes proibidas. Vai depender do nível de intimidade que vocês já têm entre si, da forma e da intensidade do carinho e do gosto do gato.

Exemplo de Sarayu novamente: ela aceita carinho na barriga, mas é bem raro e por pouco tempo, mesmo que ela mesma tenha ficado de barriga para cima, indicando que quer ser acariciada. Outro ponto é: ela tende a aceitar muito mais carinhos feitos com o pé em vez de com a mão. E ela detesta ser pega nos braços.

Entenda o que seu gato gosta e aceita e respeite isso.

4 – Gatos são territorialistas

Tirar o gato de casa para levá-lo a um lugar desconhecido pode ser algo altamente estressante e que compromete sua saúde. A menos que ele tenha sido positivamente habituado a passear por diferentes casas desde filhote, o melhor para ele sempre será ficar em casa, no ambiente que já conhece.

Isso quer dizer que você precisará mantê-lo em casa quando você se ausentar. Logo, quando viajar, contrate uma catsitter de confiança para que vá à sua casa cuidar do felino. Nada de deixá-lo sozinho, hem?

5 – Segurança

E para fechar, a primeira coisa que você deve fazer ao adotar um gato, antes mesmo de ele chegar, é telar janelas em caso de apartamento ou garantir que não haja rotas de fuga se morar em casa.

Telar as janelas protegerá seu gato de levar uma queda que pode ser fatal, dependendo da altura. Mesmo que não seja fatal, o acidente causará sofrimento no animal e acarretará gastos e dedicação extra para você.

Mesmo quem mora em apartamentos térreos, é importante telar as janelas para evitar que o gato saia para passear sozinho. Nessas famosas, mas arriscadas, voltinhas, ele pode ser atropelado, brigar com outros animais, macho emprenhar fêmeas se não for castrado, fêmea ficar prenha se não for castrada, ser envenenado, contrair doenças ou nunca mais voltar.

Por estes mesmos motivos, quem mora em casa deve garantir que o gato não consiga ir para a rua.

Portanto, antes de levar um gatinho para viver com você, lembre-se de que terá que gastar com isso também.

Você está pensando em adotar ou comprar um pet? Escreva para mim nos comentários. 

E você que já tem um cachorro ou um gato, me conte o que te levou a essa escolha.

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