Já falei aqui que adoro livros com temáticas de bicho e, se a história for real, é certo que vou ler.
Um gato de rua chamado Bob me conquistou já no título. “Um gato de rua…”, fiquei intrigada e curiosa para conhecer essa história.
O autor, James Bowen, narra sua própria vida, a partir do momento em que encontra Bob, um gato laranja que apareceu no corredor do prédio onde mora, um abrigo para dependentes químicos.
A aventura da dupla começa quando Bowen decide ajudar Bob, que está ferido. A intenção do homem era apenas ajudá-lo a recuperar sua saúde.
Ao fim do tratamento, porém, o gato parece se recusar a partir. Bowen, então, vê-se num dilema entre o afeto que começa a nascer ali e a necessidade de agir pela razão, devido à sua situação de dependente químico em reabilitação, morador de um abrigo.
O rapaz tenta resistir ao impulso de colocar um animal em sua vida, turbulenta e instável. Gradativamente, ele foi colocando Bob para fora de casa durante o dia e deixava-o voltar para dentro à noite, já que o gato continuava à sua espera quando ele voltava do trabalho.
Bob passou, então, a segui-lo no caminho para o trabalho. Bowen é músico e tenta descolar uma grana tocando guitarra nas ruas. Em pouco tempo, Bob se torna o centro das atenções, conquistando olhares e afagos. As apresentações musicais ficam muito mais atrativas com a presença do gato, comportado e paciente, vendo toda aquela gente passar apressada, mas disposta a dar uma paradinha para apreciar aquela cena.
Bowen, então, resolve dar uma chance a essa inusitada amizade. A essa altura, Bob já se tornara o motivo para o jovem, que luta contra o vício em drogas, levantar da cama todos os dias.
O autor conta episódios de alegria e de desespero, e como o gato o fez se reerguer diante da vida e o fez ir de artista de rua e ex-dependente químico a escritor de livros – sempre tendo Bob, claro, como estrela das histórias.
Recomendo a leitura!
