Especial Dia do Viralata: histórias de muita raça!

postado em: Cachorro | 2

Eles não têm uma raça definida no seu DNA, mas têm muita raça no jeito de enfrentar as adversidades da vida. Os viralatas carregam muita força e resiliência em sua genética. 

Sua beleza está nas diferenças. E sua versatilidade é o que une todas as personalidades.

Para comemorar o Dia do Viralata, que é 31 de julho, e homenagear criaturas tão especiais, o blog Casa com Bicho traz o Especial Dia do Viralata: histórias de muita raça!, com duas histórias, uma hoje e outra amanhã.

São histórias de uma conexão muito especial, aquela entre pessoas e cães e gatos viralatas.

Abrindo o Especial, Sindel e família.

Sindel dos Tacos – Amor de gerações

Ligada aos animais desde a infância, Maria ensinou à sua filha Aline o respeito e amor pelos bichos. Mas foi a cachorra Sandy que marcou profundamente a menina e fez nascer em seu coração o desejo de cuidar de cães e gatos abandonados. Aline perdeu o pai quando criança, e Sandy por muitos anos, foi sua companheira, sua grande confidente.

“Foi com Sandy que Aline aprendeu a amar os animais, e ela me ensinou a amá-los ainda mais”, afirma Maria.

Hoje, adulta e casada, Aline repete o exemplo da mãe. Tem cinco cães e, junto de Maria, ajuda outros que encontra pela rua. 

Esta é Sindel dos Tacos

Foi assim que Sindel chegou até elas. “Ela foi jogada aqui na rua, muito magra, comia lixo. Nessa época, ela se chamava Branquinha. Ela esperava eu chegar do trabalho, porque eu trazia comida para ela”, conta Maria.

Depois, “Branquinha” emprenhou, foi intencionalmente ferida por um homem e fugiu para parir no mato. Maria continuou cuidando da cachorra e, quando seus filhotes foram adotados, Aline não conseguiu deixá-la na rua. Levou a viralatinha para casa e lhe deu o nome de Sindel. 

E por falar em viralata, você já conhece o mais velho do mundo? Se não conhece, leia O fantástico mundo de Bobi: como um viralata chegou aos 31 anos

Ou melhor, Sindel dos Tacos. E de onde veio esse nome? Bom, Sindel é um dos personagens do jogo Mortal Kombat, de que Aline é fã – e por isso cada um de seus cães tem o nome de um personagem. 

Já o “sobrenome” vem de uma história criada por Aline, que quis deixar de vez a antiga vida da cachorra para trás. “Nós acreditamos que não é bom ficar relembrando o passado triste do cachorro. Então, decidimos contar para Sindel que ela veio lá do México, onde ela tinha sua própria vendinha de tacos. Isso porque na época da Copa do Mundo, Sindel sempre latia na hora dos gols da seleção mexicana, como se comemorasse”, explica.

Grudadas: Sheeva e Sindel com a meia na boca

Quando Sindel chegou, além de Sandy, a família já tinha Pandora e a filhote Sheeva, ambas resgatadas por mãe e filha. Pouco tempo depois, Pandora e Sandy, que já eram idosas, faleceram. Sindel e Sheeva se tornaram inseparáveis. “Sindel adotou Sheeva”, diz Maria.

Você pode gostar de “Viralatas também são legais”: uma missão de vida

Depois, chegaram Noob, Smoke, Ermac, que são irmãos de ninhada. Ermac havia sido adotado por outra pessoa, mas foi devolvido e ainda cheio de traumas. Por conta disso, a família decidiu não doá-lo mais para ninguém. E assim, o viralata ficou num lar que respeitou seu tempo e seus limites.

A turma toda: Sindel e Noob ao seu lado; na frente, Ermac, Smoke e Sheeva

O elo dessa família com os cães é forte. Por isso, não ignora aqueles que cruzam seus caminhos, quase sempre viralatas. “Sou do tipo que já leva porções de ração na bolsa para quando encontrar um bicho na rua”, diz Maria.

Maria com a duplinha inseparável

Morando na mesma rua, em São Paulo, mãe e filha agora estão ajudando duas cadelas muito medrosas que se embrenham no mato, só saem para comer. Assim como Sindel, elas pariram por lá. Os 11 filhotes já foram responsavelmente adotados. Aliás, um deles teve a vida salva por Maria.  

Aline ligou desesperada para a mãe, avisando que o cachorro estava com a boca roxa e sem conseguir respirar. Enquanto recebia instruções de uma veterinária por chamada de vídeo, Maria chegou, fez massagem cardíaca e assoprou a boca do filhote. Sem resultado, ela se lembrou de um ensinamento de sua mãe para situações de engasgos, que é chupar o nariz. Maria não pensou duas vezes e sugou o focinho do filhote na tentativa de desobstruir as vias aéreas. Deu certo! O cachorro recobrou a consciência e foi levado para a clínica já fora de perigo.

Segundo mãe e filha, elas aprenderam a ter esse amor pelos cães uma com a outra. Dentro e fora de casa, estão sempre rodeadas de viralatas que sabem que nelas, eles podem confiar.

Sindel, Aline e o marido. Ela é tímida e só aparece com filtro do Instagram

(Todas as fotos foram enviadas por Aline)

2 Responses

  1. Cláudia

    Sindel é linda! Teve muita sorte em fazer parte dessa família cheia de amor para dar. Que tantos outros srd consigam um lar assim.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *